segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Take this PopCorn: Scott Pilgrim contra o Mundo


Uma podução de 2010 dirigida pelo britânico Edgar Wright, Scott Pilgrim é um clássico da cultura pop.
O roteiro nada convencional, parece seguir o estilo video-game a risca,sem muita procrastinação, indo direto  ao ponto, e explicando apenas o necessário.
Mas o que realmente impressiona é o trabalho de Wright que consegue transformar a sétima arte em um jogo de video-game, no melhor estilo "8 bits", com influências claras dos quadrinhos que originaram o filme.
A vida de Pilgrim (Michael Cera) é apresentada literalmente em fases, primeiro o jovem sem emprego fixo, baixista de uma "banda de garagem" que tem uma namorada mais nova, mas não demora muito até a próxima fase, onde Scott conhece Ramona (Mary Elizabeth Winstead), uma garota  independente cheia de personalidade, porém para conseguir a garota Scott deve derrotar seus "7 ex-namorados malvados", é ai que o jogo começa, cada namorado é um desafio, e o diretor vê nas lutas a oportunidade perfeita para colocar os efeitos de games.
Tudo se refere a cultura pop, as camisetas do Scott, a trilha sonora - como amúsica tema de Darth Vader quando um dos vivlões aparecem- até mesmo as onomatopeias são representadas na tela, mas com certeza o toque mais nerd da trama é a morte dos vilões que explodem em moedas e rendem pontos para que Socott suba de level.
O filme é uma explosão de cores e efeitos de encherem os olhos, uma mistura de técnica com clichés (muito bem utilizados) que prendem o espectador.
Um tipo de filme que está fazendo falta hoje em dia, bem humorado, muito colorido e caricato, por algum motivo as pessoas estão buscando exageradamente o realismo nas obras,  trabalhos como o de Wright é considerado "infantil", mas na verdade  Scott Pilgrim contra o Mundo é um épico, que usa de suas metáforas e exageros para representar a realidade, espero que o cinema revogue as sombras ( não totalmente, é claro) e coloque um pouco de cor, comédia e fantasia em suas obras.

E é isso...
Você deve "totalmente" assistir esse filme...
Muito C8H10N4O2 para todos!

sábado, 15 de setembro de 2012

Take This PopCorn: Tudo acontece em Elizabethtown


Do diretor Camaron Crowe, Elizabethtown parece o equilíbrio perfeito entre duas produções anteriores dele (Quase famosos e Vanilla Sky). Uma comédia romântica que tem como o ponto de partida o fracasso de seu protagonista.
Drew Baylor (Orlando Bloom) é um designer de tênis esporte, e depois de 8 anos produz a sua obra prima, que rende a empresa o maior prejuízo da história, que "pode ser arredondado para 1 bilhão". Isso leva Drew a criar uma máquina para seu suicídio, mas antes que pudesse dizer adeus a esse mundo ele recebe a notícia da morte de seu pai. É então que ele faz juz ao nome do filme e vai para Elizabethtown, na viagem ele conhece a comiçária de bordo Claire ( Kirsten Dunst), uma espécie de "Amélia Poulain amreicana", que resolve o ajudar sem nem mesmo ter sido chamada.
Em ElizabethTown, uma cidade patriota do Sul dos E.U.A, Drew conhece os antigos amigos de seu pai e é obrigado a lidar com as diferentes versões que cada um levou dele, e ainda tentar realizar seu último desejo. Cada vez mais Drew acaba se enrolando na história do funeral, o que o leva a ligar para Claire quem o ajuda a lidar com a morte do pai, e ainda com seu fracasso. E é esse momento que Kirsten Dunst toma conta do filme, e mesmo não sendo tão frequente, rouba a cena.
O roteiro de Cameron Crowe é divertido e cheio de frases de auto ajuda, faz com que o filme siga um ritmo quase britânico, não fosse a tão patriota cidade.
A trilha sonora é a marca do ex-crítico musical Camaron, toda a ação de reflexão é acompanhado com rock, jazz ou blues, as músicas trabalham a melancolia do filme, faz o fracasso parecer pior, ou a morte parecer melhor.
Cheio de ironias,  Tudo acontece em Elizabethtown, é um filme surpreendente que trabalha muito bem a comédia trágica, o diretor sabe brincar com os paradoxos em cena.

E é isso...
Até porque, "se não fosse isso seria outra coisa"
Muito C8H10N4O2 para todos!

domingo, 9 de setembro de 2012

Take This PopCorn: Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros

Os banners estão há muito tempo no cinema, nos deixando no anseio a cada passadinha por lá, e sempre com a frase "Esse eu venho assistir!", depois de tanto tempo foi lançado, e rendeu muito alvoroço dos Muggers, pois... "De quem será o post? Afinal tem Burton no meio.." Enfim,é meu, a caneca de hoje caiu no chão em Slooow e despejou sangue, Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros.
Timur Bekmambetov, provavelmente é o maior amante do slow motion na face da sétima arte, Abraham Lincoln: o caçador de vampiros, assim como seu primeiro grande sucesso, O Procurado, é repleto de momentos em que o efeito é usado para dramatizar mais tal cena, nos permitir enxergar um detalhe a mais ou simplesmente exagerar, outra marca registrada do diretor, que antes já fazia as balas curvarem seu trajeto  e agora faz com que o, até então, franzino Abraham Lincoln estoure com uma bela machadada e também em câmera lenta, o tronco de uma árvore.
O filme mostra passagens importantes da vida de Abraham Lincoln, o porque se interessou por direito e então a politica, mas com os motivos relacionados ao ponto principal do filme, os vampiros, que seriam até a causa da Guerra da Sucessão, o fim dessa praga e a libertação dos escravos, que estariam saciando a fome dos vampiros já a muitos anos!

Tim Burton está lá, discreto, todo de preto provavelmente, dando seus toques ao filme que produziu. O notamos nos óculos "Bárnabas" de Henry, no visual que lembra bastante A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, na baixa saturação das cores com o forte vermelho, os travelings rápidos de "Todd", na direção de arte riquíssima e  fotografia irônica, em especial numa cena de nos encher os olhos de tamanha beleza psicodélica, em que Henry conta sua triste história.
A maquiagem é impecável e sútil, vai envelhecendo o protagonista através de sua jornada de uma forma que é como se não víssemos o tempo passar, mas ela está lá! Bom, sútil até o momento da silhueta do presidente de cartola aparecer contra a luz.
A tecnologia 3D foi muito bem usada, ai volta o Slow Motion de Timur, juntos, nos fazem ter aquela sensação de "estão apontando para minha testa!" nas melhores cenas de ação, sem falar nos olhos dos vampiros que ficaram estupendos com seu toque especial de luz, retina e iris estranhas.

O roteiro é baseado no livro de Seth Grahame Smith, que também é o roteirista, portanto, adaptou o próprio livro para o cinema, nada difícil de se compreender, e também roteirizou Sombras da Noite, outro com Tim Burton.
Divertidíssimo escracho tecnólógico, que por muitos não foi compreendido, afinal, assim quis o diretor e isso em geral é ignorado, Abraham Lincoln- Caçador de Vampiros é um "Filme Pipoca", feito justamente para que saiamos do cinema comentando alegres e satisfeitos pelo que assistimos, rindo dos exageros de um filme "anti-fisico".









domingo, 2 de setembro de 2012

Take This PopCorn: Fahrenheit 451


















De 1966  Fahrenheit 451 é um clássico de ficção científica soft passado em um futuro ambíguo, não muito distante, um regime totalitário assume o comando, definindo a literatura como um objeto de infelicidade, portanto os "bombeiros" são responsáveis por manter a ordem na sociedade e têm a função de destruir qualquer tipo de material literário, nem que para isso seja necessário queimar uma casa.
As pessoas que são pegas com livros são presas e "reeducadas", mas muitos não aceitam essa realidade, e sabem que os livros são extremamente importantes para uma sociedade melhor.
Montag (Oskar Werner), um "Bombeiro" passa a questionar a ideologia totalitária, depois de ver uma mulher preferir ser queimada junto ao seus livros. E passa a esconder e ler os livros em sua própria casa, mas sua esposa, Linda Montag (Julie Christie) não aceita a desobediência do seu marido, se torna mais distante, Montag passa a dividir o sua aversão ao governo com Clarice (Julie Christie), uma moça independente  também contra ao sistema totalitário.
A atriz Julie Christie impressiona com suas atuações, é incríveis como ela representa suas duas personagens tão extremas, e consegue passar desapercebida pelos mais distraídos, dando a impressão de serem duas atrizes completamente diferentes, isso a rendeu a indicação de melhor atriz no BAFTA de 1967.
A direção de François Truffaut faz o espectador se perguntar "como ele fez isso?", a cada cena, a sua técnica com as câmeras é impressionante, os ângulos diferentes dificilmente usados na época, aliás dificilmente usados hoje em dia, são marcas do filme.
O roteiro possui a habilidade de nos fazer questionar o sistema atual, as ideias são tão bem postas que faz com que o filme passe a ser uma realidade possível, isso o torna extremamente e eternamente atual.

E é isso...
Fahrenheit 451 é adaptação de um livro, irônico, não?
Muito C8H10N4O2 para todos!

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