terça-feira, 2 de outubro de 2012

Take This PopCorn: Kill Bill Vol. 2

Esse filme já está no Mug, mas volta em seu 2° volume para concluir a saga d'A Noiva, com muito sangue banhando a espada Hanzo e pingando na areia, Kill Bill Vol°2.
O filme seria imenso se não dividido, então com seis meses de intervalo tivemos a continuação da mais escrachada busca por vingança já vista na história do cinema.
Quentin Tarantino teve a genialidade de dividir os volumes e junto a isso "dividir o mundo" e o clima dos filmes que são um só, o primeiro volume é baseado nos filmes de samurai do Oriente, com saltos surreais, espadas e lutas de samurai, e tudo mais de olhos puxados que possamos ter... Já o segundo volume nos volta aos filmes de Faroeste do Ocidente, onde temos A Noiva usando armas de fogo e ainda sua katana Hattori Hanzo em cenários quentes do deserto americano, o mix dos dois só nos faz caracterizar tal volume como um "Faroeste Espaguete", o gênero europeu que buscava resgatar o faroeste americano e os filmes de samurai, o que colocou Tarantino como um dos diretores mais fortemente influenciados pelo gênero, graças a sua marca registrada de não esconder suas influências. Dai vem dividir o mundo e o clima dos filmes entre Oriente e Ocidente.
Ao assistir ao filme podemos perceber que a única coisa que de fato acontecem em ordem é na nossa cabeça, Volume 1: as perguntas “Por que ela ta fazendo isso?” “Quem é essa mulher?” “Quem é esse homem?”, Volume 2: as respostas “Aahhh, entendi!”. Essa é a chamada linguagem não linear, outra marca registrada e patenteada como criação de Tarantino. Aqui, nos deparamos com as cenas do treinamento da protagonista com o mestre Pai Mei, e como são divertidas e dolorosas essas cenas, o acontecimento na Capela de El Paso que acarretou a busca por vingança, a vida de namorados de Bill e A Noiva além de conhecer bem mais o alvo foco que dá título a essa abra prima.
Após ser traída por Bill (David Carradine) e seu antigo grupo, a Noiva assassina (Uma Thurman) fica à beira da morte por 4 anos. Após despertar do coma, ela vai atrás de cada um dos seus antigos companheiros para matá-los. Na segunda parte dessa busca por vingança, a noiva vai continuar sua procura por Bill, atacando os últimos dois sobreviventes do grupo: Budd (Michael Madsen) e Elle Driver (Daryl Hannah). O confronto com seu antigo mestre, e mandante da sua morte, vai revelar novas surpresas para a assassina.


Como um fã viciado que me tornei após assistir “aos filmes”, não posso deixar de citar a, em minha opinião, melhor luta dos filmes, entre Elle Driver e A Noiva. Aqui podemos ver que Elle é uma vilã a altura de nossa loura sanguinolenta, também treinada por Pai Mei é a “Cobra Californiana” do Grupo de extermínio das Víboras Mortais, onde A Noiva fora a “Mamba Negra”. Uma briga engraçadíssima em que aparentemente quem pegar a Katana de Hanzo sai por cima, mas o escracho de Quentin só melhora nossa diversão, com expressões que sempre ouço ao assistir com meus amigos como: “Oh mentira!”, que eu adoro ouvir porque em seguida os ouço dizer: “Quentin Tarantino é um gênio!” e quem sou eu pra implicar pra implicar com tais sábias palavras?
A trilha sonora pela 1° vez é original, um amigo do diretor se ofereceu para cria-la de graça e se fosse do gosto dele seria usada, no fim das contas é uma trilha maravilhosa, com base nos antigos filmes de faroeste e na música country dá profundidade as cenas certas com um tom de maldade sempre presente.
Calor é a ordem na fotografia, o amarelado continua presente, mas dessa vez é o sol colorindo/queimando, a pedida certa pra quem quer passar um ar de cansaço e pura exaustão com as constantes brigas que vem acontecendo desde o 1° volume, torcendo sempre pra que, com muito gosto, A Noiva termine sua jornada com um rastro de sangue digno Tarantinesco. A propósito, descobrimos de uma forma bem excêntrica o nome verdadeiro da Mamba Negra/A Noiva, mas só assistindo pra descobrir mesmo.
Esse filme ainda pode render um terceiro e quarto post a longa data, foi cogitado pelo próprio mestre Tarantino as possibilidades de um Kill Bill 3, em 2014 e 4, em 2019, só o tempo mesmo para confirmar, mas se isso se tornar realidade, continuamos com a musa Uma Thurman e um roteiro sendo preparado desde já.
Escracho, sangue, areia, terra e muitos diálogos divertidos é o que te aguarda no Kill Bill de capa vermelha e cabelos repicados, a conclusão épica da mais sanguinolenta busca por vingança do cinema. E é com minha Picape das Gostosas que termino esse post.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Take this PopCorn: Scott Pilgrim contra o Mundo


Uma podução de 2010 dirigida pelo britânico Edgar Wright, Scott Pilgrim é um clássico da cultura pop.
O roteiro nada convencional, parece seguir o estilo video-game a risca,sem muita procrastinação, indo direto  ao ponto, e explicando apenas o necessário.
Mas o que realmente impressiona é o trabalho de Wright que consegue transformar a sétima arte em um jogo de video-game, no melhor estilo "8 bits", com influências claras dos quadrinhos que originaram o filme.
A vida de Pilgrim (Michael Cera) é apresentada literalmente em fases, primeiro o jovem sem emprego fixo, baixista de uma "banda de garagem" que tem uma namorada mais nova, mas não demora muito até a próxima fase, onde Scott conhece Ramona (Mary Elizabeth Winstead), uma garota  independente cheia de personalidade, porém para conseguir a garota Scott deve derrotar seus "7 ex-namorados malvados", é ai que o jogo começa, cada namorado é um desafio, e o diretor vê nas lutas a oportunidade perfeita para colocar os efeitos de games.
Tudo se refere a cultura pop, as camisetas do Scott, a trilha sonora - como amúsica tema de Darth Vader quando um dos vivlões aparecem- até mesmo as onomatopeias são representadas na tela, mas com certeza o toque mais nerd da trama é a morte dos vilões que explodem em moedas e rendem pontos para que Socott suba de level.
O filme é uma explosão de cores e efeitos de encherem os olhos, uma mistura de técnica com clichés (muito bem utilizados) que prendem o espectador.
Um tipo de filme que está fazendo falta hoje em dia, bem humorado, muito colorido e caricato, por algum motivo as pessoas estão buscando exageradamente o realismo nas obras,  trabalhos como o de Wright é considerado "infantil", mas na verdade  Scott Pilgrim contra o Mundo é um épico, que usa de suas metáforas e exageros para representar a realidade, espero que o cinema revogue as sombras ( não totalmente, é claro) e coloque um pouco de cor, comédia e fantasia em suas obras.

E é isso...
Você deve "totalmente" assistir esse filme...
Muito C8H10N4O2 para todos!

sábado, 15 de setembro de 2012

Take This PopCorn: Tudo acontece em Elizabethtown


Do diretor Camaron Crowe, Elizabethtown parece o equilíbrio perfeito entre duas produções anteriores dele (Quase famosos e Vanilla Sky). Uma comédia romântica que tem como o ponto de partida o fracasso de seu protagonista.
Drew Baylor (Orlando Bloom) é um designer de tênis esporte, e depois de 8 anos produz a sua obra prima, que rende a empresa o maior prejuízo da história, que "pode ser arredondado para 1 bilhão". Isso leva Drew a criar uma máquina para seu suicídio, mas antes que pudesse dizer adeus a esse mundo ele recebe a notícia da morte de seu pai. É então que ele faz juz ao nome do filme e vai para Elizabethtown, na viagem ele conhece a comiçária de bordo Claire ( Kirsten Dunst), uma espécie de "Amélia Poulain amreicana", que resolve o ajudar sem nem mesmo ter sido chamada.
Em ElizabethTown, uma cidade patriota do Sul dos E.U.A, Drew conhece os antigos amigos de seu pai e é obrigado a lidar com as diferentes versões que cada um levou dele, e ainda tentar realizar seu último desejo. Cada vez mais Drew acaba se enrolando na história do funeral, o que o leva a ligar para Claire quem o ajuda a lidar com a morte do pai, e ainda com seu fracasso. E é esse momento que Kirsten Dunst toma conta do filme, e mesmo não sendo tão frequente, rouba a cena.
O roteiro de Cameron Crowe é divertido e cheio de frases de auto ajuda, faz com que o filme siga um ritmo quase britânico, não fosse a tão patriota cidade.
A trilha sonora é a marca do ex-crítico musical Camaron, toda a ação de reflexão é acompanhado com rock, jazz ou blues, as músicas trabalham a melancolia do filme, faz o fracasso parecer pior, ou a morte parecer melhor.
Cheio de ironias,  Tudo acontece em Elizabethtown, é um filme surpreendente que trabalha muito bem a comédia trágica, o diretor sabe brincar com os paradoxos em cena.

E é isso...
Até porque, "se não fosse isso seria outra coisa"
Muito C8H10N4O2 para todos!

domingo, 9 de setembro de 2012

Take This PopCorn: Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros

Os banners estão há muito tempo no cinema, nos deixando no anseio a cada passadinha por lá, e sempre com a frase "Esse eu venho assistir!", depois de tanto tempo foi lançado, e rendeu muito alvoroço dos Muggers, pois... "De quem será o post? Afinal tem Burton no meio.." Enfim,é meu, a caneca de hoje caiu no chão em Slooow e despejou sangue, Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros.
Timur Bekmambetov, provavelmente é o maior amante do slow motion na face da sétima arte, Abraham Lincoln: o caçador de vampiros, assim como seu primeiro grande sucesso, O Procurado, é repleto de momentos em que o efeito é usado para dramatizar mais tal cena, nos permitir enxergar um detalhe a mais ou simplesmente exagerar, outra marca registrada do diretor, que antes já fazia as balas curvarem seu trajeto  e agora faz com que o, até então, franzino Abraham Lincoln estoure com uma bela machadada e também em câmera lenta, o tronco de uma árvore.
O filme mostra passagens importantes da vida de Abraham Lincoln, o porque se interessou por direito e então a politica, mas com os motivos relacionados ao ponto principal do filme, os vampiros, que seriam até a causa da Guerra da Sucessão, o fim dessa praga e a libertação dos escravos, que estariam saciando a fome dos vampiros já a muitos anos!

Tim Burton está lá, discreto, todo de preto provavelmente, dando seus toques ao filme que produziu. O notamos nos óculos "Bárnabas" de Henry, no visual que lembra bastante A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, na baixa saturação das cores com o forte vermelho, os travelings rápidos de "Todd", na direção de arte riquíssima e  fotografia irônica, em especial numa cena de nos encher os olhos de tamanha beleza psicodélica, em que Henry conta sua triste história.
A maquiagem é impecável e sútil, vai envelhecendo o protagonista através de sua jornada de uma forma que é como se não víssemos o tempo passar, mas ela está lá! Bom, sútil até o momento da silhueta do presidente de cartola aparecer contra a luz.
A tecnologia 3D foi muito bem usada, ai volta o Slow Motion de Timur, juntos, nos fazem ter aquela sensação de "estão apontando para minha testa!" nas melhores cenas de ação, sem falar nos olhos dos vampiros que ficaram estupendos com seu toque especial de luz, retina e iris estranhas.

O roteiro é baseado no livro de Seth Grahame Smith, que também é o roteirista, portanto, adaptou o próprio livro para o cinema, nada difícil de se compreender, e também roteirizou Sombras da Noite, outro com Tim Burton.
Divertidíssimo escracho tecnólógico, que por muitos não foi compreendido, afinal, assim quis o diretor e isso em geral é ignorado, Abraham Lincoln- Caçador de Vampiros é um "Filme Pipoca", feito justamente para que saiamos do cinema comentando alegres e satisfeitos pelo que assistimos, rindo dos exageros de um filme "anti-fisico".









domingo, 2 de setembro de 2012

Take This PopCorn: Fahrenheit 451


















De 1966  Fahrenheit 451 é um clássico de ficção científica soft passado em um futuro ambíguo, não muito distante, um regime totalitário assume o comando, definindo a literatura como um objeto de infelicidade, portanto os "bombeiros" são responsáveis por manter a ordem na sociedade e têm a função de destruir qualquer tipo de material literário, nem que para isso seja necessário queimar uma casa.
As pessoas que são pegas com livros são presas e "reeducadas", mas muitos não aceitam essa realidade, e sabem que os livros são extremamente importantes para uma sociedade melhor.
Montag (Oskar Werner), um "Bombeiro" passa a questionar a ideologia totalitária, depois de ver uma mulher preferir ser queimada junto ao seus livros. E passa a esconder e ler os livros em sua própria casa, mas sua esposa, Linda Montag (Julie Christie) não aceita a desobediência do seu marido, se torna mais distante, Montag passa a dividir o sua aversão ao governo com Clarice (Julie Christie), uma moça independente  também contra ao sistema totalitário.
A atriz Julie Christie impressiona com suas atuações, é incríveis como ela representa suas duas personagens tão extremas, e consegue passar desapercebida pelos mais distraídos, dando a impressão de serem duas atrizes completamente diferentes, isso a rendeu a indicação de melhor atriz no BAFTA de 1967.
A direção de François Truffaut faz o espectador se perguntar "como ele fez isso?", a cada cena, a sua técnica com as câmeras é impressionante, os ângulos diferentes dificilmente usados na época, aliás dificilmente usados hoje em dia, são marcas do filme.
O roteiro possui a habilidade de nos fazer questionar o sistema atual, as ideias são tão bem postas que faz com que o filme passe a ser uma realidade possível, isso o torna extremamente e eternamente atual.

E é isso...
Fahrenheit 451 é adaptação de um livro, irônico, não?
Muito C8H10N4O2 para todos!

domingo, 26 de agosto de 2012

Take This PopCor: Pulp Fiction- Tempo de Violência


Em nono lugar na recente lista da Empire dos "Melhores filmes de todos os tempos", Pulp Fiction é uma obrigação para os amantes do cinema, e com esse filme Quentin Tarantino volta ao Take This PopCorn.
Ao melhor estilo Tarantino, Pulp Fiction é uma história não linear, separaa em "Capítulos/Episódios", com personagens diferentes, que de alguma maneira são interligados. Cada "episódio"  do filme é separado e nomeado a cada passagem da história:
  1. Prólogo - O Restaurante (i)
  2. Prelúdio para "Vincent Vega e a esposa de Marsellus Wallace"
  3. "Vincent Vega e a esposa de Marcellus Wallace"
  4. Prelúdio para "O Relógio de Ouro"
  5. "O Relógio de Ouro"
  6. "A Situação Bonnie"
  7. Epílogo - O Restaurante 
Mesmo com tanta história,o filme se centraliza em 3 personagens: Jules Winnfield (Samuel L. Jackson),Vincent Vega (John Travolta) e Butch Coolidge (Bruce Willis) , os três trabalham para uma mafia, sendo Jules e Vincent assassinos e Butch um pugilista.

"O restaurante"
O filme começa com o diálogo de um casal em um restaurante, o diálogo é natural, como um casal normal conversando sobre... estratégias de roubo.

Prelúdio para "Vincent Vega e a esposa de Marsellus Wallace"
Que  maneira melhor de apresentar os personagens que não uma conversa sobre a diferença entre os nomes dos lanches do Mc Donalds em Paris e em Los Angeles?!
É nessa conversa que conhecemos Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) e Vincent Vega (John Travolta), e  o problema de Vincent, já que seu chefe pediu-o para levar sua esposa Mia Wallace (Uma Thurman) para passear pela cidade, mas a conversa dura até eles chegarem ao seu destino e realizarem um trabalho.

"Vincent Vega e a esposa de Marcellus Wallace"
Finalmente  a grande noite, Vicent leva Mia Wallace para um restaurante, e nos rende uma das cenas mais conhecidas do filme, onde os dois dançam "Twist" na pista. Tudo parece ótimo, até que o vício de Mia acada causando um dos momentos mais engraçados e desesperadores do filme.

Prelúdio para "O Relógio de Ouro"
Um menino ouvindo de um soldado o quanto o pai dele lutou para esconder um relógio de ouro na segunda guerra mundial, um dos diálogos (mais para monólogo) mais estranhos do filme.

"O Relógio de Ouro"
O menino cresceu, e agora é um pugilista que acaba aceitando uma grande quantia em dinheiro do gângster Marcellus para perder a luta, dinheiro que ele aposta nele mesmo e ganha a luta, o momento de sua fuga é magistral, nada como uma conversa de Táxi após matar seu adversário, não é?!

A Situação de Bonnie
Estamos de volta ao prelúdio, após Jules Winnfield e Vincent Vega matarem um inimigo de seu chefe, um homem sai atirando do banheiro e por... um milagre, os tiros não os acertam, pelo menos é o que Jules passa a acreditar.
Eles saem da cena de assassinato levando um terceiro elemento ainda vivo como testemunha, mas acidentalmente Vincent acaba atirando na cabeça dele e Jules recorre ao seu amigo Jimmie (Quentin Tarantino) para esconder o carro, até que tudo estivesse limpo.

Epílogo
Depois de deixarem o carro em um ferro-velho Jules Winnfield e Vincent Vega resolvem tomar café da manhã no restaurante da primeira cena, e acabam participando de toda a ação que fomos apresentados no começo do filme.

O bom humor nas cenas mais violentas é a marca do filme, tudo acaba de maneira irônica. Tarantino consegue através de seus ângulos de câmera, colocar o espectador dentro do filme, além de colocar efeitos totalmente contrários, como um quadrado que Mia forma no ar enquanto conversa com Vincent.
O premiado roteiro criado por Tarantino e Roger Avary entrelaça perfeitamente todas as histórias e dão aos acontecimentos  não-lineares um ritmo fácil de entender e divertido de acompanhar. Claro que tudo com muito música, a trilha sonora de Pulp Fiction mereceria um post só para ela... 
Não é à toa que Pulp Fiction é um dos melhores filmes de todos os tempos.

E é isso...
Caso descobrir o conteúdo da maleta... fique rico! Ou preze por sua vida!
Muito C8H10N4O2 para todos!



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